Gênesis 3:19 - No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.
Certa vez um príncipe, tinha se iludido com todas as adulações dos seus súditos, de tanto falarem que ele era bonito, forte, alto, valoroso, inteligente, espetacular, valoroso... De tanto ser elogiado falsamente, inclusive pelos ministros.
Aquele príncipe foi se tornando mais prepotente, cada vez mais pretensioso, ele realmente acreditou em tantas adulações, acreditou nos falsos elogios e acabou achando mesmo que era aquilo tudo que as pessoas diziam dele.
Um, que nascia a cada bilhão de anos. Ele se achava iluminado, extraordinário.
Um dia, esse príncipe pretensioso saiu com uma bela comitiva a pé para percorrer uma trilha no meio da selva.
Ele era o primeiro, o da frente. Todo orgulhoso como se fosse o dono do mundo. Pisando forte, erguendo bem os ombros, estufando bastante o peito, murchando a barriga o máximo que podia, erguendo bem o seu nariz e indo em frente na sua realeza e os súditos atrás.
No meio do caminho ele parou. Tinha um mendigo que não saia do lugar. O príncipe parou diante do mendigo que estava abaixado com uma coisa na mão. Alguma coisa branca que estava no meio de uns panos. O príncipe arrogante disse: mendigo! Trapo imundo. Vil criatura. Imundo. Como te atreves a não dar passagem a minha majestade?
O mendigo continuava a segurar aquela coisa branca nas mãos, envolvidas por muitos panos. Olhou para o príncipe e disse: perdoe majestade é que eu estava observando isto aqui!
Ele desembrulhou aquela coisa branca e era a cabeça de um homem.
O príncipe quando viu aquilo deu um passo para trás.
- O que é isso? Uma bruxaria?
- Não majestade. Encontrei esta cabeça, este crânio e observei muito. Descobri apenas que é um crânio masculino, por causa da forma do queixo e pela maneira do crânio. Mas observando tanto este crânio eu estava despercebido e não vi a vossa chegada e pensava ao mesmo tempo; será que esta cabeça, este crânio foi de um príncipe ou de um mendigo?
Eu estou olhando até agora majestade e não consigo descobrir neste crânio qualquer indicação que me mostre que esta cabeça foi de um nobre ou de uma vil criatura como eu.
O príncipe se calou.
E o mendigo que não era nenhum ignorante apesar de pobre olhou para o príncipe e disse: Majestade! Examine essa cabeça. E estendeu a mão com aquele crânio em direção ao príncipe que se recusou a tocar naquele crânio.
E o mendigo dizia: majestade! Tome! Pegue! Examine por favor, e me responda se está cabeça, este crânio que já foi de um homem como eu e como vossa majestade, me responda! Se este homem comia belas iguarias ou apenas restos que encontrava nos lixos?
O príncipe olhava para aquele crânio, mudo, sem responder nada.
E o mendigo insistia: majestade, por favor, contemple este crânio que já foi de uma pessoa, que já viveu e me responda: se esta cabeça em vida dormia em confortáveis colchões de plumas de avestruz ou se dormia no meio do mato?
O príncipe envergonhado viu que depois que agente parte desse mundo, ninguém é melhor do que ninguém.
Que a morte iguala todos os homens trazendo ao mesmo nível a que vieram nesta vida.
Todos nasceram na mesma condição. Ninguém nasceu com roupa ou coroa de ouro. Todos nasceram nus e, todos ainda que tenha tido um destino diferente, uma sorte diferente, se encontram da mesma maneira na hora de partir.
Estas duas coisas igualam todos os homens. O nascimento e a morte.
Alguém em vida pode se sentir iluminado, melhor do que os outros, gênio da humanidade, mas perante ao Pai, todos são iguais.
E Deus assim fez, para mostrar que o ser humano tem a condição igual em todas as camadas sociais e parte da mesma maneira. Seja o grande ou o pequeno, o rico ou o pobre.
O príncipe ainda de cabeça baixa disse: meu bom homem. Tendes razão. Dê-me passagem e una-se a minha comitiva.
- É majestade! Com esses farrapos?
- Sim! Com esses farrapos e com este crânio. E ande sempre comigo e, não me deixe iludir com nada nesta vida para que jamais me esqueça que do pó viemos e para o pó voltaremos.
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