quarta-feira, julho 06, 2011

Jesus e o jovem rico - 06 de julho de 2011



Lucas 18:18 e 19 - E perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?
Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus.
Esta passagem está registrada no evangelho de Lucas 18.18-30, e traz à tona temas importantes como o livre arbítrio, salvação, religiosidade, apego aos bens materiais, amor ao próximo e outros tão importantes quanto os citados. Este foi um encontro muito marcante, em especial, para Jesus.
 
O texto relata que um jovem, extremamente religioso e possuidor de muitos bens, dentre eles, terras, servos, dinheiro e animais, abordou Jesus com o seguinte questionamento: “Mestre o que faço para herdar a vida eterna?”
 
A pergunta é reveladora e vem consigo vários dilemas vividos por aquele jovem acostumado a ter “tudo” e ao mesmo tempo “nada”. O questionamento é pertinente até hoje, em que cada vez mais as pessoas tentam de tudo para se aproximar do Senhor e diz: “todos os caminhos levam até Deus”.
 
A resposta do Mestre, como sempre, foi cheia de amor, inteligência e sabedoria: “você conhece os mandamentos: não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe”.
 
Perceba que Jesus inicia a seqüência dos mandamentos e, contudo, não cita os principais (amarás ao Senhor teu Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo), omitindo-os assim, de propósito, para depois revelar para aquele jovem perdido em suas riquezas, que apesar de ser uma pessoa religiosa, zelosa das tradições judaicas, freqüentadora dos eventos religiosos, que seu coração não pertencia a Deus, mas sim a Mamon (deus da riqueza).
 
E como isto ficou evidenciado?
 
O diálogo teve continuidade, e aquele jovem respondeu que, desde criança, observava todos aqueles mandamentos, ao que o Mestre responde: “falta-te uma coisa: vai e dê tudo o que tens aos pobres e me siga, então, terás um tesouro no céu”. Jesus neste momento estava confrontando o seu coração, mexendo com suas emoções, seus sonhos, sua realidade, tirando-o da sua zona de conforto, ainda que em pensamento: “como posso abrir mão de toda minha riqueza para seguir este homem? Como posso abrir mão das festas? Das mulheres?”.
 
Jesus já havia dito em Mateus 6.24: Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a mamon.
 
O texto sagrado diz, então, que após ouvir as palavras de Jesus, o jovem se retirou triste.
 
Muitos, hoje em dia, não entenderiam. Outros tantos, até mesmo criticariam este diálogo de Jesus e o fato de Jesus tê-lo deixado ir embora tão facilmente. No entanto, a preocupação maior de Jesus não era em está perdendo um grande dizimista, ou mesmo, uma pessoa famosa e influente no mundo dos negócios e da política. A preocupação principal do Mestre era em transmitir o verdadeiro evangelho, genuíno, singelo e poderoso para salvar vidas. A preocupação principal era com o seu coração.
 
Apesar de Jesus tê-lo amado, respeitou a sua decisão, assim como respeita a sua, mas vale salientar, Ele te ama e quer vê-lo feliz.
 
Lembre-se: 
 
O evangelho de Jesus nunca precisou lançar mão de nenhuma forma intimidadora, com a finalidade de fazer alguém estar preso a Ele, visto que, se preso não estiver por amor, a essência e a finalidade do evangelho perde o seu valor e o seu propósito primordial.
Carlos André

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