2 Crônicas 7:14 - Se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus.
Tem circulado na Internet, uma entrevista concedida por um líder de louvor chamado David Ruis (http://www.vineyardmusic.com.br/artigos/detalhes.asp?nr=535), que fala sobre a verdadeira adoração. O texto tem muitas partes interessantes, mas pode se tornar perigoso se não for lido com olhos atentos. Talvez o entrevistado não tenha se expressado muito bem, quando, falando do tipo de adoração que Deus procura, afirmou: “O lugar do espírito é um lugar de vida profunda e de uma paixão verdadeira, mas não de uma espiritualidade esotérica, ou misticismo. Não é o conhecimento teológico ou a pureza doutrinária”.
Em primeiro lugar, adorar a Deus em espírito e em verdade não é uma questão de paixão. Inclusive, não é nem conveniente o uso desse termo para nos relacionarmos com Deus, pois paixão tem um sentido muito mais de transitoriedade, impulsividade e, muitas vezes, irracionalidade. Além disso, não há na Bíblia sequer uma referência a Deus com o uso da palavra paixão, apaixonado, desesperadamente apaixonado ou coisa parecida, como tem sido comum em algumas canções ouvidas nas igrejas. Contrariamente, paixão na Bíblia tem muito mais relação com expressões da carne que devem ser abandonadas (Atos 14:15, Gálatas 5:24, 2 Timóteo 2:22, Tiago 5:17). Por outro lado, a verdadeira adoração é essencialmente uma questão de racionalidade, de caráter e de pureza doutrinária (Romanos 12:1-2).
Desse modo, nunca podemos esquecer que a verdadeira adoração tem sim relação direta com a sã doutrina, pois ela deve ser em espírito e em verdade. Afinal, o que é a verdade? Jesus, orando ao Pai, disse: “santifica-os na verdade, a Tua Palavra é a verdade.” Portanto, aquele que ama ao Senhor também deve conhecer e cumprir a Sua Palavra.
Amados irmãos, o que precisamos mesmo é de caráter cristão, pois é isso que agrada ao Senhor e inquieta o Diabo. Não esqueçamos o que Ele disse: “Esse povo me adora com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”. Peçamos a Deus um coração igual ao Dele e guardemos a Sua Palavra em nosso coração para não mais pecarmos contra Ele (Salmo 119). Esta é a verdadeira adoração!
O Senhor não despreza o coração quebrantado. O quebrantamento tem relação com a profunda convicção do pecado. Esse convicção leva à auto-humilhação e à busca pelo Senhor (Se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus – 2 Crônicas 7:14). Arrependimento, confissão de pecado, vida reta e que expresse a presença do fruto do Espírito em nós (Gálatas 5) são ingredientes imprescindíveis e infalíveis para que o Senhor receba o nosso louvor e nos alegre com a Sua presença. O resto é acessório!
Graça e Paz, Pr. Sérgio Augusto de Queiroz.
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