Mateus 3:7 - E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?
Em tempos de festas juninas, há um nome que está sempre em alta. E, embora não prestemos culto, veneração ou homenagens a ele, pois não temos base bíblica para isso, devemos tê-lo em alta conta, pois o seu testemunho foi digno de imitação.
Um dos grandes equívocos relacionados a esse grande homem é o quase total desconhecimento de quem ele realmente era. A Bíblia fala de três homens que tinham o mesmo nome: João Marcos, conhecido como
Marcos (autor do 2º Evangelho); João, o apóstolo (autor do 4º Evangelho) e João Batista, o primo de Jesus, anunciador da vinda do Messias.
Para os que não sabem, João Batista é o conhecido São João, homem de fibra, cuja vida era exemplo de conduta e temor a Deus. O seu discurso sempre foi muito duro e direto, pois ele amava a verdade, a
ponto de chamar os líderes religiosos do seu tempo de raça de víboras (Mateus 3:7).
A obra de João Batista foi profetizada por Isaías, quando este disse: “Voz do que clama no deserto: preparem o caminho do Senhor, façam veredas retas para ele”. Desse modo, João Batista foi um
preparador da primeira vinda de Jesus, um homem que pregou o arrependimento de pecados e estabeleceu o batismo nas águas, como representação pública de uma nova vida de obediência a Deus. Por sua
intrepidez, e também em razão das incômodas verdades que ele pregava, era odiado pelos ímpios, a ponto de ter a sua cabeça requerida por uma adúltera incomodada com o peso de suas palavras.
Ao contemplarmos o mundo no qual estamos inseridos, não é nenhum devaneio que João Batista, caso fosse vivo hoje, seria um homem implacavelmente odiado por muitos que lotam os “arraiais da
pós-modernidade”. Em tempos de impiedade, onde os valores de Deus são queimados nas “fogueiras do relativismo ético”, o clamor de João Batista pelo arrependimento parece estar sufocado pelo barulho dos
fogos e pelas cantigas juninas.
Não seria difícil imaginar o que São João faria ao chegar no final das festas que são oferecidas a ele, ao contemplar centenas de embriagados caídos nas calçadas do nosso sofrido Sertão; adolescentes
engravidando após as inconseqüências de um fim de noite. João seria implacável se fosse vivo atualmente, a ponto de muitos não o aceitarem como um santo, mas tê-lo como um grande careta. João Batista está morto, aguardando o juízo de Deus sobre a sua vida. Nós, os santos vivos, precisamos tomar a posição de homens como ele, como Pedro, como Paulo, como Isaías, que clamaram pelo arrependimento da humanidade e pelo seu retorno aos braços do Pai. Graça e Paz.
Pr. SÉRGIO AUGUSTO DE QUEIROZ
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