sexta-feira, junho 04, 2010

Momento de Reflexão o4 de junho de 2010



Mateus 9: 12 e 13 - "Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento".

Quero misericórdia, e não sacrifício!

Normalmente, acostumamos a ouvir mensagens dizendo que Jesus disse isso ou aquilo, e até pensamos mesmo que tudo o que dizem foi dito por Jesus, mas nem sempre isso é verdadeiro.
Engraçado como o ser humano erra sempre pelo exagero. Se não conhece a Palavra de Jesus, erra por ignorar o básico em seu dia a dia, que é a misericórdia, o respeito pelos semelhantes. Se conhece a Palavra, acaba errando pelo exagero no cumprimento e, às vezes, em vez de direcionar sua misericórdia e respeito ao seu irmão, acaba preferindo o sacrifício pessoal. Isso significa querer agradar a Deus pelos seus esforços pessoais, pela sua santificação pessoal, como se isso não tivesse que passar por sua relação com seu próximo.

Quando Jesus disse as palavras acima estava cuidando para que os que O conheciam passassem a praticar Sua misericórdia, benevolência, respeito e justiça com o próximo, invés de se preocuparem demais em se santificarem a si mesmos por seus próprios atos, tais como jejum e orações infindáveis. Não que Ele tenha desmerecido isso, mas disse que teriam que tratar dos que estavam enfermos, por desconhecimento de sua Palavra. Deveriam ir aos doentes e curá-los da ignorância da Palavra, aproximando o seu próximo de si mesmos e de Deus, por Jesus.
Vejamos o verso a seguir: João 9: 14 - "Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam?" Tem-se a impressão que João Batista, um profeta antecessor de Jesus e os fariseus, uma seita religiosa da época, estavam praticando e impondo rituais e interpretações místicas além da Palavra. Até parece que queriam ser melhores do que se esperava deles! Jejuar, neste caso, parece ter sido uma forma de sacrifício pessoal para se sentirem merecedores ao se apresentarem a Deus. Creio que Jesus queria que entendessem que a transformação de vida, que já tinham, contava muito e que deveriam demonstrar isso com seus atos, com suas vidas, com misericórdia. Eles estavam se fixando ainda nos sacrifícios! Precisavam ir além, precisavam ir ao próximo!

Ao olhar para nós, devemos saber que fomos chamados e transformados para viver essa misericórdia aos necessitados dela, aos doentes, como Jesus disse. Se ficarmos preocupados demais conosco mesmos, podemos estar fazendo sacrifícios em vão. A Palavra é de amor, de misericórdia, cabe a nós divulgá-la. O nosso preparo pessoal não deve tomar todo o nosso tempo, pois já fomos beneficiados com a misericórdia e não podemos retê-la só para nós. Temos que estar prontos sempre!
É muito importante que estejamos bem relacionados com Deus, e muito íntimos de Jesus, pelo nosso apego à palavra e nossa adoração a Ele, com louvores, orações, jejuns e isso poderíamos ate cognominar de atos de fé. Mas a fé se completa com as ações de misericórdia, de amor ao próximo.
O sacrifício pessoal pode até ser entendido, numa visão metafórica, como alguém que recebe um pedido de socorro, mas vai primeiro ao espelho para se embelezar. Nesse tempo o necessitado pode morrer. Ou seja, enquanto estamos preocupados conosco, muita gente está precisando de misericórdia. Creio que essa foi a intenção de Jesus ao proferir as palavras do texto citado.
Meu irmão, a preocupação em se apresentar a Deus aprovado é correta, mas não gaste tempo demais nisso, enquanto o próximo padece. Deus está te ensinando a agir mais em função dos que necessitam da ajuda do seu testemunho. Amém!

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